3 Motivos para se Investir na Divisão de Pastos
O tamanho dos pastos tem relação direta com os resultados financeiros do sistema produtivo de pecuária. Afinal, a adequada divisão dos pastos garante o correto pastejo, auxilia no máximo aproveitamento do potencial de produção de forragem do pasto e impede problemas de comportamento do lote, contribuindo positivamente para o desempenho dos animais e, consequentemente, para o resultado financeiro da operação.
Mas será que vale a pena investir tempo e dinheiro em divisão de pastos?
Confira abaixo 3 motivos para se investir na divisão dos pastos e alavancar os resultados da fazenda.
1 – Pastagem em Pastos Extensos
Pastos extensos sofrem com a irregularidade do pastejo, que é bastante elevado nas áreas próximas ao cocho e aguada e pouco intenso nas áreas mais distantes. Como o animal se desloca com facilidade até 250m e tolera até 500m, pastos que tenham comprimento e largura maiores do que isto são afetados com a desuniformidade do pastejo e não permitem o aproveitamento adequado da massa de forragem que é produzida nas áreas mais distantes da aguada ou do cocho. Abaixo segue uma figura que ilustra a situação exposta:
Em pastos com dimensões acima do recomendado, como ilustrado, ocorre que durante o período das águas o animal consegue se alimentar bem usufruindo mais ou menos de metade do pasto e não se desloca ao final do pasto, porque não há necessidade. No entanto, na época das secas, esta área estará super pastejada, de porte baixo e pouca folha disponível e a área do fundo do pasto que não foi pastejada, estará com capim todo sementeado e muito alto e o animal usufruirá muito pouco desta forragem porque o material já estará de péssima qualidade.
2 – Problemas do Pastejo Irregular
Com a degradação ocasionada pelo super pastejo, inúmeros problemas podem ocorrer como o aumento da presença de invasoras (mato-mole, rebrota dura, etc.) e cupins, redução do porte da parte aérea e encurtamento das raízes da forrageira – o que causa lentidão no tempo de rebrota na entrada do período das águas e secamento precoce na entrada da seca – culminando com morte da planta e erosão do solo, que sem a cobertura necessária e os nutrientes fornecidos pela planta, se torna gradualmente improdutivo com o decorrer do tempo.
Sub pastejo – o excesso de massa, além da perda direta, provoca retardo na saída da próxima safra e em alguns casos a morte das touceiras.
3 – Consequências da Degradação da Pastagem
Os problemas causados pelo tamanho inadequado dos pastos provocam a redução da área efetivamente empastada, devido a morte da pastagem e ao desgaste do solo no longo prazo, o que aumenta o custo/ha. Também ocorrerá a diminuição do suporte da fazenda, que provocará a redução do rebanho, além de afetar o desempenho do mesmo. Além destes fatores, os gastos com limpeza do pasto aumentam nas áreas super pastejadas e, dependendo do nível de degradação, ocorrerão despesas ainda, com a recuperação de áreas afetadas.
O que fazer ?
Todo este cenário de perda e prejuízo pode ser evitado eficazmente com a correta divisão dos pastos, que deve levar em consideração:
- O tipo e o suporte da forragem
- O tipo de solo e condição de drenagem
- A topografia
- O acesso às aguadas e ao cocho (se compartilhado)
- Eventuais investimentos em captação e redistribuição de águas
- O possível aproveitamento das cercas
Tudo isto levando em conta o custo total dispensado.
4 – Desponte/ Repasse
A adequação do tamanho dos pastos, não só evita prejuízos como também permite a implantação de um sistema de manejo de desponte/repasse – que abordaremos em nossos posts futuros – otimizando a eficiência do pastejo, o desempenho do rebanho e consequentemente o resultado financeiro da operação.
A PRODAP auxilia o produtor no planejamento, orçamentação, manutenção e, quando for o caso, na reformulação de toda a estrutura da fazenda, orientando em questões referentes à aguada, qualidade das cercas, necessidade de reforma de pastagens e, como aqui abordado, na divisão de pastos. Para este último ponto inclusive, parte do planejamento consiste em identificar a divisão atual e redesenhá-la com base em imagens de satélite e softwares de desenho técnico (autocad), o que otimiza a divisão e facilita a execução do plano.
Exemplo de imagens de satélite utilizadas pela PRODAP para divisão de pastos:
Conclusão
Aliada a implantação do manejo de gado de desponte e repasse, – que possibilita o aumento do suporte da fazenda e o bom desempenho do animal – o tamanho dos pastos deixa de ser problema e passa a ser solução. Todo o cenário de perda e prejuízos que pastos grandes podem causar é dessa forma evitado e ainda por cima, possibilita-se um aumento na performance do rebanho, trazendo retorno aos recursos dispensados. Assim, respondendo diretamente ao questionamento inicial do texto, é possível afirmar que sim, vale a pena investir tempo e dinheiro nesta ação. Afinal de contas, adequar o tamanho dos pastos ajuda a garantir que o resultado financeiro da operação seja adequado.
FONTE:http://grupoprodap.wordpress.com/
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